Cronica e arte
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Rua São João, 869, 14882-010, Bairro Aparecida Jaboticabal SP
JABOTICABAL COMPLETA 192 ANOS NESTE DIA 16 DE
JULHO
Mentore Conti Mtb 0080415 SP // fotos Mentore
Conti
Jaboticabal, 15 de julho de 2020
Jaboticabal completa
neste ano 192 anos e a
data de fundação é
contada a partir de
uma escritura de
doação de parte de
uma fazenda de João
Pinto Ferreira fazenda
que ia na época, até a
divisa com Minas e o
Paraná. João Pinto
Ferreira, doou para a Igreja Católica Apostólica Romana uma gleba
de terras para que Igreja ajudasse a povoar o local, escritura esta de
16 de julho de 1828.
A Igreja Católica, durante o povoamento da cidade repassou os
terrenos reservando o domínio indireto, ou seja, em forma de
enfiteuse. João Pinto Ferreira comprou a Fazenda da Cachoeira de
João Rodrigues de Lima. A compra foi feita em conjunto com o e
padre Joao Rodrigues Penteado. A compra foi em 2 de dezembro
de 1816 de acordo com um arquivo da Biblioteca do IBGE (*):
https://biblioteca.ibge.gov.br/visualizacao/periodicos/114/col_mon
o_b_n142_jaboticabal.pdf
A história da cidade passa a contar então, não da compra feita
inicialmente, mas da doação de uma gleba de terras à Igreja em
1828, onde funda um povoado, como já dissemos acima.
O local, segundo consta a escritura inicial era o Ribeirão da
Cachoeira e existem referencias de histórias contadas por pessoas
mais antigas que foi na realidade, em Córrego Rico o primeiro
núcleo de povoamento de João Pinto Ferreira, inclusive sendo lá a
sede da fazenda quando ele comprou a Propriedade de João
Rodrigues e que seria lá a sede a fazenda quando iniciou a cidade.
Ainda constam estas histórias que havia garimpo de ouro ali e daí o
nome de Córrego Rico, estas são linhas históricas (história oral)
que dependem de mais pesquisa, mas vale o registro, já que é das
histórias contadas oralmente, e da memória dos habitantes, que se
podem levantar detalhes da história se um lugar, de uma cidade.
Naquele distrito de Jaboticabal já houve linha férrea estação de
trem. O nome da cidade, oficialmente é por causa das
jabuticabeiras que existiam aqui. Em 1867, Jaboticabal é elevada a
categoria de cidade, município, desmembrando-se de Araraquara.
(Lei provincial nª 10, de 5 de julho de 1867).
A cidade ainda no século XIX passou pela epidemia de febre
amarela, (1896. 1898) que atingiu a região de Ribeirão Preto. Já em
1870, chegava imigrantes italianos.
A vinda destes imigrantes ajudou a dar um grande impulso no
Progresso de Jaboticabal principalmente nos anos 20 e 30 foi dado
pela imigração. Na época, foi um italiano que acabou montando
uma indústria na cidade, que por muito tempo foi um dos
principais polos de
desenvolvimento.
A indústria Tonanni fundada por
Carlos Tonanni, nascido em Perugia
na Itália, fabricava inicialmente
maquinas de arroz e depois passou a
fabricar tornos e tratores. Quando a
indústria Tonanni fechou suas portas
nos anos 70, muitos operários foram
fundar industrias na mesma linha
em na cidade de Sertãozinho.
Depois deste período veio a
expansão da cana-de-açúcar, com as
usinas São Carlos e Santa Adélia,
cridas também por italianos.
Nos anos 20 e 30 a cidade se tinha
também produção de café e vários cafeicultores moravam aqui. O
centro da cidade sofreu muitas mudanças do fim do século 19 para
cá e os casarões que tinham sido erguidos, tanto pelos italianos que
foram enriquecendo quanto pelos fazendeiros do café
anteriormente a eles, foram praticamente todos demolidos e deram
local para edifícios mais novos muitas vezes sem referência
nenhuma de época.
A cidade também era o início da Estrada do Taboado, um projeto
desenvolvido pelo engenheiro e escritor Euclides da Cunha, (que
também construiu muitos casarões na época, na cidade). Segundo o
projeto esta estrada começava em Jaboticabal e ia até Mato Grosso
e Goiás. Esta estrada acabou indo apenas até Rio Preto pois com
desenvolvimento da estrada de ferro era inútil prolongá-la até Mato
Grosso, como era previsto inicialmente.
Em Jaboticabal no entanto o início desta estrada está localizado
onde hoje é a Praça Joaquim Nabuco em frente ao ginásio de
esportes Alberto Bottino, ou seja a hoje rua Euclides da Cunha e
Comendador João Maricato, e se de fato olharmos com certo
cuidado vamos perceber que esta rua tem um traço de estrada e não
de rua.
Um dos fatores que marca o fim do crescimento de Jaboticabal é
sem dúvida nenhuma a retirada da estrada de ferro, que na cidade
tinha sua estação exatamente onde hoje o Recinto de festas Cora
Coralina.
Hoje Jaboticabal vive
uma grande crise
financeira e sofre ainda
com o final do
Proálcool, que fez com
que o ciclo da cana-de
açúcar, não injetasse
recursos como antes na
cidade. O crescimento
de Ribeirão Preto
também fez diminuir o potencial da cidade, pois atraiu cada vez
mais investimentos nestes anos para àquela cidade a apenas 60
quilômetros, em detrimento das cidades vizinhas incluindo
Jaboticabal.
Agora Jaboticabal, como as demais cidades da região sofre com o
surto da Covid 19, uma epidemia que como nas demais cidades,
paralisou a atividade econômica.
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(*) - A Biblioteca Central do IBGE tem sua origem com a publicação da Resolução nº 84, de
18 de julho de 1938, da Assembleia Geral do Conselho Nacional de Estatística, que orienta
providências para ampliação da biblioteca existente de modo que não só as obras clássicas,
mas ainda, publicações técnicas estivessem disponíveis a vários ou a todos os serviços
coordenados pela instituição. Nesse sentido, a Presidência do IBGE ficava autorizada a
solicitar aos Ministérios a cessão das publicações encaminhadas às respectivas bibliotecas
gerais ou pertencentes a serviços de estatística que pudessem ser úteis à Biblioteca Central
do IBGE.
Com o desenvolvimento cada vez maior da biblioteca, sobretudo depois da incorporação da
“Seção Mortara”1, é criada a Biblioteca Central do IBGE, como setor de serviço
subordinada a Secretaria-Geral do IBGE, através da Resolução nº 78, de 01 de setembro de
1939. A Resolução nº 28, de 19 de julho de 1938, da Assembleia Geral do Conselho Nacional
de Geografia instala o Departamento Central de Coordenação Geográfica, onde estaria
subordinada a Divisão de Documentação e Informações, da qual fazia parte o Serviço de
Biblioteca.
Essas bibliotecas, ao longo dos anos, tiveram sua posição dentro da estrutura do IBGE
alterada inúmeras vezes.
A biblioteca do Centro de Documentação e Disseminação de Informações – CDDI que
conhecemos hoje foi criada em 1975 como Biblioteca Central – BICEN unindo o acervo das
bibliotecas Waldemar Lopes, nome da biblioteca do Instituto Brasileiro de Estatística – IBE e
da Biblioteca de Geografia do Instituto Brasileiro de Geografia – IBG.